Saf soma mais um episódio constrangedor à sua já extensa lista de fracassos no atlético-mg

O Atlético-MG não conseguiu se classificar na Copa Sul-Americana e agora terá que jogar um playoff para se garantir no mata-mata do torneio continental de segundo escalão. Este é mais um

entre os diversos vexames acumulados pela SAF comandada majoritariamente pela família Menin. Desde o anúncio oficial da transformação do Galo em uma empresa, o clube entrou em uma espiral de

fracassos e ontem (29/05) foi mais um capítulo vergonhoso na história desta SAF. Paulo Bracks, CSO do clube mineiro, concedeu uma entrevista à Radio Itatiaia e projetou os próximos

movimentos do Galo. Vale destacar que veículo noticiário é controlado por Rubens Menin. - Temos uma limitação de orçamento e iremos trabalhar com a responsabilidade financeira no que for

autorizado fazer. A comissão está ciente disso. Mas a gente não vai deixar de fazer o possível para evoluir, subir o andar e continuar sendo bastante competitivo, como estamos sendo desde o

início do ano - disse Bracks. É repugnante que um membro da diretoria de um clube que não se classificou diretamente ao mata-mata da Copa Sul-Americana venha a público dizer que 2025 está

sendo um ano positivo. Apesar da declaração ter sido feita previamente ao duelo contra o Cienciano, não muda o fato de que o Galo se encontrava na mesma posição que terminou a fase de

grupos. Ou seja, é no mínimo arrogante considerar que a temporada vinha sendo "bastante competitiva" com o clube fora da zona de classificação da segunda divisão continental.

Arrogância, inclusive, parece ser o carro-chefe da SAF do Galo. Rubens Menin chegou a citar, em fevereiro de 2025, que estava radiante com o mercado de transferências. - Demorou um pouco, a

turma ficou meio ansiosa, mas agora os reforços estão mostrando a que vieram. Cuca acertou o time, e os jogadores que vieram completaram o elenco. ACHO QUE O PLANTEL DE 2025 É UM DOS MAIS

FORTES QUE TIVEMOS NA HISTÓRIA. - ousou dizer Menin. Naquela época, o Galo jogava o Campeonato Mineiro, torneio com apenas o Cruzeiro como rival de Série A do Brasileirão. Seria interessante

saber o que Rubens Menin tem a comentar sobre o plantel que vai começar junho de 2025 fora do mata-mata da Sul-Americana e na décima colocação do Campeonato Brasileiro. Voltemos então ao

anúncio de transformação do Atlético em clube-empresa. Em postagem nas redes sociais do dia 1 de novembro de 2023, Rubens Menin comentou sobre o modelo de negócio. - Concluímos a transição

para SAF do GALO, com o compromisso de buscar oportunidades de crescimento e desenvolvimento sustentável para o clube. Formada por Atleticanos, traremos gestão com foco na competitividade,

governança corporativa e sustentabilidade financeira para o Galo - dizia o comunicado divulgado na conta oficial do mandatário. Se passaram 576 dias desde que esta divulgação foi ao ar. A

realidade atual do Atlético, no entanto, está há milhares de quilômetros de distância do que foi vendido como sonho para a torcida. A Família Menin controla 51,2% das ações da SAF, segundo

dados divulgados pelo GE em setembro de 2023. O site oficial do Galo divulga nove nomes como "membros do Conselho de Administração". Quando muita gente tenta controlar uma mesma

empresa, o caos toma conta. O Atlético lutou contra o rebaixamento até a última rodada do Brasileirão de 2024. A confirmação da permanência só veio em dezembro, no segundo tempo do duelo

contra o Athletico, depois de uma sequência de 12 partidas sem vitória. O poste da Arena MRV decretou a história dos rivais, já que o Galo cobrou um pênalti que explodiu na trave, com o gol

saindo no rebote. O clube paraense, por sua vez, chegou a ter uma chance de abrir o placar, mas jogou na barra de ferro. Diante de todo este cenário, é surreal considerar que a mentalidade

da diretoria se mantém de limitar o orçamento de transferências. O grupo do Galo na SUL-AMERICANA contava com um time pequeno do Peru, um time inexpressivo da Venezuela e o lanterna do

Campeonato Chileno. O Atlético não teve 100% de aproveitamento em nenhum dos confrontos contra Cienciano, Caracas e Deportes Iquique, terminando com inacreditáveis DOIS TRIUNFOS EM SEIS

PARTIDAS. Mesmo assim, a SAF não enxerga problemas na estrutura do clube mineiro. O Cienciano aproveitou o feito histórico da classificação para provocar o Galo. - Nos colocaram num campo

sintético de futebol 7… e fomos para as Oitavas de Final da Sul-Americana como líderes. Valeu, Galo. Kkkkkkk - publicou o clube peruano. A zoeira faz menção ao fato de que o Cienciano ter se

preparado para o confronto treinando na Arena BVB Pampulha, uma quadra de futebol amador em Belo Horizonte. O elenco do Galo foi incapaz de vencer, em casa, um time que nem sequer conseguiu

tramar uma estratégia adequada para um compromisso continental. O representante de Cusco, no entanto, mereceu avançar de fase e está garantido no mata-mata. É hora de pedir o chapéu. O

fracasso da administração é evidente e caminha a passos largos para se tornar chacota mundial. Rubens Menin e sua trupe têm tradição de aparecer diante das câmeras somente em momentos

oportunos, como em comemorações de título entrando no gramado e festejando as taças. Em casos como os de ontem, por exemplo, não dão as caras. Um grupo de "torcedores", segundo as

falas de Menin, tomou para si o direito de decidir o que é correto para o futuro do Galo. Esta foi uma das principais estratégias para o convencimento de que a transformação da SAF era o

passo mais seguro. Diversas empresas, como o Grupo City, chegaram a apresentar ofertas para assumir a responsabilidade sobre o Atlético. No entanto, Rubens Menin e o restante dos

administradores preferiu afastar o interesse de profissionais, já que isto significaria uma diluição da porcentagem de controle sobre o Galo. Parte da dívida do Atlético, que tem um total de

R$ 1,4 bilhão, deve ser paga aos próprios donos. Ou seja, a SAF tem quitações a serem acertadas com seus próprios administradores, o que está dentro das leis brasileiras. A janela de

transferências que se aproxima precisa ser de investimento. E não basta o discurso patético de "aproveitar oportunidades" que vem sendo adotado. Chegou o momento de colocar um

ponto de exclamação na história da SAF e encerrar o acúmulo de vexames, principalmente no mercado de contratações. Parar de trazer reservas descartados de outras equipes e vender seus

principais ativos, como Paulinho, para rivais diretos. O elenco é claramente inferior aos concorrentes nacionais e não tem se mostrado bom o suficiente para bater de frente com clubes fracos

do cenário sul-americano.