Dia sangrento na Ucrânia

A Ucrânia viveu esta sexta-feira o dia mais sangrento desde que começaram as primeiras ‘invasões’ a edifícios governamentais no Leste da Ucrânia. Um grupo de pró-russos, fortemente armado,

atacou uma manifestação pró-Kiev e deixou mais de 30 mortos em Odessa, junto ao Mar Negro, segundo o Ministério do Interior ucraniano. A maioria das vítimas não resistiu ao fumo inalado de

um incêndio a um edifício sindical, onde se haviam refugiado dos violentos confrontos entre rebeldes separatistas e apoiantes pró-Ucrânia. O Governo provisório já pediu explicações a

Moscovo, que acusa Kiev de ter “responsabilidade directa” nas mortes. No mesmo dia, mas horas antes, militares ucranianos lançaram uma operação para recuperar a cidade separatista de

Slaviansk. O saldo também não foi positivo: cinco baixas e vários feridos nos dois lados da barricada e dois helicópteros abatidos, revelou o Ministério da Defesa ucraniano. Ainda assim,

registou-se um avanço significativo, apenas o centro da cidade ainda não está controlado, face às acções dos separatistas pró-russos. Os ataques a pontos estratégicos dos rebeldes parece

estar para durar. A chanceler alemã, Angela Merkel, e o Presidente dos EUA, Barack Obama, estiveram reunidos em Washington e lançaram o aviso à Rússia: as sanções podem aumentar. Já Putin

insiste que apenas haverá uma solução para o conflito caso a Ucrânia retire o seu contingente militar do leste do país, onde a população é, em grande parte, russófona. SOL com agências