Reforço da PM impressiona | O TEMPO
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O protesto dos servidores públicos liderados pelos funcionários da educação de Minas, ontem, na Cidade Administrativa, chamou a atenção não só pela quantidade de manifestantes, mas também
pela quantidade de policiais militares que cercaram o prédio da sede do governo para impedir a aproximação dos servidores. Pelos números oficiais foram 400 homens dos seis principais
batalhões especiais da capital. Os militares integram o Batalhão de Polícia de Evento (BPE), do Batalhão de Choque, do Canil, da Cavalaria e ainda do Batalhão de Rondas Táticas Metropolitana
(Rotam). "Por se tratar da primeira manifestação na Cidade Administrativa, optamos por reforçar a segurança local. Nosso objetivo era manter a ordem e impedir a depredação do
complexo", explicou o comandante do Batalhão de Policiamento Especializado da PM, coronel Sandro Teatine. Por meio de nota, a Superintendência de Imprensa do governo classificou o
posicionamento dos manifestantes "como de natureza meramente política" e informou que as normas de segurança são para assegurar à sede oficial, a seus funcionários e ao patrimônio
que abriga. A vigilância constante dos policiais desagradou os servidores. "Somos cidadãos do bem, trabalhadores da educação. Temos todo o direito de protestar contra os nossos
salários, que são uma vergonha e ainda somos marginalizados", disse a professora de história Silvia Regina Costa de Freitas, 47, da cidade de São José da Lapa, na região metropolitana
de Belo Horizonte. Professora há 15 anos, Silvia disse que tem que trabalhar em dois lugares para conseguir manter a casa e a família. "Os professores hoje vivem uma realidade muito
ruim. Muitos estão cheios de empréstimos ou pendurado no cheque especial. O nosso salário serve apenas para administrarmos as dívidas", disse. Segundo a coordenadora geral do Sindicato
Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE-MG), Beatriz Cerqueira, por causa dos salários defasados, muitos professores se desdobram em mais de um emprego, o que vem comprometendo a saúde
dos profissionais. "A categoria está adoecendo. Tem professor com estresse, depressão, com pressão alta". Ontem, também por meio de nota, a Secretaria de Estado de Comunicação do
Governo de Minas afirmou que o Estado vem mantendo constantes diálogos com as entidades de representação dos servidores públicos estaduais e, inclusive, iniciou estudos para avaliar a
concessão de benefícios aos trabalhadores, como a implantação dos planos de carreira, definição de piso remuneratório e pagamento de Prêmio por Produtividade. (Com Agência Estado). AGENDA
HOJE Uma audiência pública está marcada para às 15h, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, para discutir a questão do aumento salarial dos trabalhadores da educação do Estado 8 DE ABRIL
Servidores públicos da educação de Minas entram em greve por tempo indeterminado a partir do dia 8 de abril. A categoria reivindica a implementação da Lei do Piso Salarial Profissional
Nacional para jornada semanal de 24 horas MUNICIPAL Movimento. A rede municipal de educação de Belo Horizonte também registrou paralisação dos professores ontem. Ao todo 187 instituições da
capital tiveram as aulas suspensas.