Lei da oferta e da procura não vale para energia: geração cresce mais que a demanda, mas conta de luz não cai
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Exclusivo para assinantes PRODUÇÃO DE ENERGIA CRESCE QUASE O TRIPLO DO CONSUMO NO PAÍS COM FONTES RENOVÁVEIS, MAS EFEITO NÃO DEVE CHEGAR AO CONSUMIDOR O sistema elétrico brasileiro desafia a
lei da oferta e da procura. Estudo do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mostra que a oferta de energia no país crescerá quase o triplo do consumo nos próximos anos. Mas, ainda
assim, não há garantia de que a conta de luz ficará mais barata. De 2023 a 2028, a expectativa é que o consumo aumente cerca de 14,53 gigawatts (GW médios), o equivalente a uma usina de
Itaipu, enquanto a capacidade instalada subirá 40,4 GW ou 178% a mais. * E A QUALIDADE... Queixas de corte de energia saltam 40% em 2023, mas conta de luz vai subir mais que inflação * O
PREÇO DO CONFLITO: Economia de Israel encolheu quase 20% com a guerra contra Hamas desencadeada após atentado Em condições normais, o aumento da oferta levaria à redução da tarifa. O
problema, apontam especialistas, é que o sistema elétrico brasileiro vem acumulando distorções que acabarão sendo pagas pelos consumidores. Para 2024, a conta de luz do brasileiro deve
subir, em média, 5,6% acima da inflação, segundo projeções da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Existem, basicamente, três explicações para esse cenário. O primeiro aspecto é que
parte das usinas que não puderem gerar energia no período terá que ser indenizada. * 'SOBRAM-ME DOR E TRISTEZA': Mulher faz post de despedida para Abilio Diniz, morto aos 87 anos
O segundo fator é o aumento da geração de fontes eólica e solar. De um lado, isso é benéfico por se tratarem de fontes de energia limpa, mas, por outro, são intermitentes, o que vai obrigar
o acionamento de termelétricas, mais caras, nos momentos sem vento ou luz do sol. DECISÃO DO ‘SÍNDICO’ Além disso, o terceiro aspecto a levar em conta é o crescimento da chamada geração
distribuída, na qual o consumidor produz a própria energia — principalmente com painéis solares nos telhados. Quanto mais gente adere ao modelo, menor a base de clientes das distribuidoras,
que arcarão com custos e subsídios do sistema. * É MESMO O PAÍS DE NICOLÁS MADURO? Venezuela faz ajuste fiscal e tem menor inflação em 12 anos — Estamos vendo a triste consequência do
excesso de intervenção que alimenta subsídios e outras distorções. Com o aumento das fontes inflexíveis (que não podem ser acionadas e desligadas pelo operador), entre elas solar e eólica,
mas não só elas, outras fontes são deslocadas e impedidas de gerar. Elas já começaram a pedir indenizações — afirmou Edvaldo Santana, ex-diretor da Aneel. O sistema elétrico brasileiro foi
desenhado como uma espécie de condomínio, em que o síndico é o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), e os inquilinos são as empresas geradoras, transmissoras e distribuidoras. Com
energia sobrando no sistema, o ONS terá que permitir que algumas usinas gerem, mas determinar que outras fiquem paradas. E essas que ficarão “paradas” terão que ser remuneradas pelos
consumidores. * SUCESSO DIGITAL: Conheça a fintech brasileira financiada por Jeff Bezos que viu lucro dobrar em um ano Esse cenário foi agravado porque diversas fontes receberam incentivos,
principalmente via decisões no Congresso, e terão prioridade para gerar energia. Estarão sempre no primeiro lugar da fila do ONS. Foi assim com as fontes renováveis, como eólica, solar,
geração distribuída, mas também com fontes poluentes, como termelétricas a gás nas regiões Norte e Nordeste. Elas entram no sistema de forma “inflexível”. TELES PIRES É O RIO COM MAIOR
NÚMERO DE HIDRELÉTRICAS EM OPERAÇÃO NA AMAZÔNIA _ _ 4 fotos Privatização gera lucros para empresas de sete países da Europa e EUA ÁGUA DESPERDIÇADA Uma das consequências dessa sobra de
energia é que em 2023 o país bateu recorde de “energia vertida turbinável” pelas hidrelétricas, um jargão do setor elétrico que representa na prática a água que foi desperdiçada de
propósito, sem passar pelas turbinas de geração. Isso acontece quando a afluência de água supera a demanda por energia. O percentual bateu em 13%, contra uma média na casa de 3%. Segundo
estudo do Instituto Acende Brasil, 9% do consumo de energia do país poderia ter sido atendido por essa fonte no ano passado. Mesmo com energia de sobra, o IBGE apontou que a energia
residencial medida pelo IPCA saltou 9,52% para os consumidores residenciais nesse ano. MAIS SOBRE ENERGIA _ _ SUMMIT BRAZIL-USA: ESTAMOS ONDE EUA, ÍNDIA E CHINA QUEREM CHEGAR EM 2040 NA
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA, DIZ DIRETORA DO BNDES GOVERNO PREPARA 1º LEILÃO DE BATERIAS DE ENERGIA; VEJA COMO VAI FUNCIONAR A estimativa do Instituto Acende Brasil é que 6% da energia gerada pelas
fontes solar e eólica também serão “jogadas fora” a partir de 2027. — A geração distribuída cresceu de forma descontrolada. E ela não pode ser cortada pelo ONS. Isso levará ao corte de
outras fontes, o que irá trazer desequilíbrio para o sistema elétrico e aumento de custos — afirmou Claudio Sales, presidente do Acende Brasil. Em 2023, a demanda por energia no país foi de
96,45 GW médios, para uma potência instalada de 214,8 GW. Em 2028, o consumo previsto será de 110,98 GW, para uma capacidade de geração de 255,2 GW. VEJA AS CINCO MAIORES HIDRELÉTRICAS DO
MUNDO _ _ 5 fotos A usina hidrelétrica de Baihetan está equipada com 16 unidades geradoras hidrelétricas, cada uma com capacidade de 1 mil Segundo Sales, do Acende Brasil, o descasamento
entre oferta e demanda também foi agravado pela pandemia, que ajudou a frustrar as projeções de consumo no país. — Estamos com uma sobreoferta estrutural. Nosso parque gerador foi planejado
para uma carga (consumo) maior. Houve frustração muito grande, com a pandemia. Isso também influenciou — disse Salles. * DESPEDIDA: Veja as personalidades que passaram pelo velório do
empresário Abilio Diniz O presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia, diz que o aumento da geração de energia no país, principalmente das
fontes renováveis, atende a um desejo não só do país, mas também do setor, para que a matriz energética do país fique cada vez mais limpa. SAÍDA PELA EXPORTAÇÃO Ele entende que uma das
formas de se mitigar esse descasamento entre oferta e demanda é o Brasil conseguir aumentar a exportação de energia. Países como Uruguai e Argentina já possuem linhas de transmissão
conectadas ao Brasil, e recentemente a Hidrelétrica de Jirau, em Rondônia, anunciou a construção de uma linha até a Bolívia. Sauaia diz que a demanda no país pode crescer acima do esperado,
com o processo de eletrificação de vários segmentos da economia. MAIS SOBRE INFRAESTRUTURA _ _ QUER TROCAR DE CELULAR? COM PREÇOS ALTOS, TELES DÃO INCENTIVOS COMO PARCELAMENTOS LONGOS. VEJA
AS CONDIÇÕES ACORDO SOBRE FAVELA DO MOINHO PODE SE TORNAR EXEMPLO DE AÇÃO INTEGRADA — A demanda vai crescer mais por conta da eletrificação dos transportes, a indústria também está trocando
seus processos produtivos, de processamentos de matérias-primas, tudo por eletricidade em busca da redução de emissões — afirmou o presidente da Absolar. Ele entende que é legítimo que o
Congresso se envolva em políticas públicas relacionadas ao setor de energia, principalmente diante da necessidade de se combater o aquecimento global. Porém, acredita que medidas ligadas ao
planejamento do setor devam ficar a cargo do Poder Executivo. — Precisamos de marco legal para que existam incentivos, combustível limpo, perspectiva de segurança jurídica, regras claras,
transparência, previsibilidade. O prolema é quando a gente começa a ver medidas que têm relação com o planejamento do setor. Há um órgão específico para isso, a Empresa de Pesquisa
Energética (EPE), que é ligada ao Executivo, e não ao Legislativo — afirmou. Webstories
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