Cinco crimes que chocaram joinville nos últimos cinco anos

Nos últimos cinco anos, diversas histórias foram interrompidas pela violência em Joinville, no Norte de Santa Catarina. A crueldade se multiplicou em crimes que chocaram a cidade mais

populosa do Estado e, até mesmo, o país. O ND+ relembra cinco casos de violência brutal em Joinville nos últimos cinco anos. ADOLESCENTE FOI DECAPITADO E CABEÇA ENCONTRADA EM SACOLA NA ZONA

NORTE DA CIDADE Um crime que chocou Joinville e o país completa cinco anos em fevereiro. O adolescente Israel Melo Júnior, de 17 anos, foi sequestrado, torturado, assassinado e decapitado em

fevereiro de 2016. O corpo nunca foi encontrado, mas a cabeça de Juninho, como era conhecido, foi colocada dentro de uma sacola e transportada até o bairro Jardim Paraíso, na zona Norte da

cidade. Polícia conseguiu encontrar armas utilizadas no crime, mas o corpo do adolescente nunca foi encontrado – Foto: Arquivo/Carlos Jr/ND As investigações apontaram que ele foi mantido em

cárcere, torturado e morto no bairro Ulysses Guimarães, na zona Sul. Além do crime chocante, os acusados e já condenados, filmaram a decapitação e as imagens circularam nas redes sociais. Os

sete envolvidos no crime foram julgados e condenados por homicídio qualificado por motivo fútil, utilizar meio que dificultou a defesa da vítima, emboscada, destruição e ocultação de

cadáver, vilipêndio a cadáver e formação de organização criminosa. A motivação para o crime teria sido a disputa entre duas facções criminosas que atuam na cidade. SEIS PESSOAS ASSASSINADAS

EM CHACINA NA ZONA SUL Os moradores dos bairros Paranaguamirim e Fátima viveram momentos de terror na madrugada do dia 6 de dezembro de 2015. Em três horas, seis pessoas foram assassinadas

na zona Sul da cidade. A chacina começou às 3h30 com duas execuções em uma casa do bairro Fátima e só terminou por volta das 6h30, no bairro Paranaguamirim. Na madrugada anterior, um

policial militar havia sido baleado – ele morreu dias depois – e uma das principais linhas de investigação era de retaliação. Um dos suspeitos pelos crimes foi assassinado meses depois. Adão

Pereira da Silva, 37 anos, Ederson Bonette Barbosa, 27, André Manolo Corrêa, 35, Daniel Alves de Lima, 32, Alex Muniz Evaristo, 28, e Diogo da Rocha Garbari, 27, foram assassinados naquela

madrugada. Após as mortes, Joinville viveu semanas de operações realizadas pelos órgãos de segurança pública. Naquele ano, a cidade bateu o recorde no número de mortes violentas. O dia 6 de

novembro de 2016 chocou a comunidade joinvilense. Por volta das 11h, um homem de 24 anos matou a companheira, o filho, o pai, a mãe e cometeu suicídio em uma casa do bairro Aventureiro, na

zona Norte da cidade. O casal, Roberto Pasquali e Aline Pasqualini, em foto postada em novembro de 2014, e o filho Júlio César – Foto: Reprodução Redes Sociais/Divulgação/ND Roberto César

Pasquali assassinou a mulher Aline Pasquali, de 25 anos, o filho, Júlio César Pasquali, de 4 anos, o pai, Nereu César Pasquali, de 53 anos e mãe, Clecy Aparecida Melle Pasquali, de 50 anos.

Ela chegou a ser socorrida e encaminhada ao hospital, mas morreu horas depois. Roberto cometeu suicídio na sequência. A cena na casa da família, que havia se mudado para Joinville há cerca

de três meses era de filme de terror. Foram encontradas uma arma calibre .38 e uma faca de churrasco utilizadas por Roberto para cometer os crimes. Uma espingarda calibre 40 também foi

encontrada, mas não teria sido utilizada. ADOLESCENTE É ASSASSINADA PELO PADRASTO, QUE DEPOIS COMETEU SUICÍDIO Maria Clara Bordin Guilherme foi morta com um tiro na cabeça na madrugada de 29

de novembro de 2019, no bairro Iririú, zona Leste da cidade. A adolescente foi assassinada dentro da casa do padrasto, João Fábio Salles da Silva, de 43 anos, que depois de atirar em Maria

Clara, cometeu suicídio. Maria Clara Bordin e Fábio Salles da Silva foram encontrados mortos dentro da casa do padrasto da adolescente – Foto: Redes Sociais O crime aconteceu por volta da 1h

e a mãe de Maria Clara e o padrasto estavam separados, mas mantinham um bom relacionamento. De acordo com a mãe da adolescente, os dois haviam, inclusive, ido até uma lanchonete com um

casal de amigos horas antes do crime. GABRIELLA CUSTÓDIO SILVA FOI MORTA COM UM TIRO NO PEITO E COMPANHEIRO CONDENADO A 12 ANOS DE PRISÃO Gabriella Custódio Silva tinha 20 anos quando foi

morta com um tiro no peito, em julho de 2019. O crime aconteceu em Pirabeiraba e o companheiro da jovem, Leonardo Natan Chaves Martins, que efetuou o disparo, colocou o corpo de Gabriella no

porta-malas do carro e a levou até o Hospital Bethesda, onde já chegou morta. Gabriella Custódio Silva foi morta no dia 23 de julho de 2019 e Leonardo Natan Chaves Martins foi condenado em

outubro de 2020 – Foto: Reprodução/Facebook Depois de deixá-la em uma maca, Leonardo fugiu para São Francisco do Sul e, no caminho, teria jogado a arma no canal do Linguado. Ele foi preso

dias depois e, desde o primeiro depoimento, alegou que o disparo foi acidental. Leonardo foi condenado, em júri popular realizado no dia 27 de outubro de 2020, a 12 anos de prisão por

homicídio qualificado por utilizar recurso que dificultou a defesa da vítima e fraude processual. A defesa recorreu da sentença.