Um problema “meta fiscal” e duas medidas “salário mínimo” e “financiamento eleitoral”

O PROBLEMA O Governo Federal confirmou a meta fiscal de 2017 e de 2018 com déficit primário de R$ 159 bilhões. Lembrando que a meta fiscal é um valor negativo e implica em endividamento do

setor público. Num português claro e direto aumentar a meta fiscal significa dizer que o Governo está autorizado a gastar 318 bilhões a mais do que vai arrecadar em dois anos (receitas –

despesas = déficit fiscal). O prenuncio do endividamento, tanto para pessoas quanto para o setor publico, deveria implicar no enxugamento das despesas e em um esforço para aumentar as

receitas. Quanto a aumentar as receitas, a economia tem que voltar a crescer e assim gerar imposto. Quanto às prioridades do Governo e o corte nas despesas, fica o questionamento: até quando

o ônus será dividido por quem recebe menos, em prol de alguns privilegiados? AS DUAS MEDIDAS Isso porque o Governo reduziu 10 reais na para a previsão para o salário mínimo em 2018,

passando de 979 reais para 969 reais. Atualmente, o salário mínimo está em 937 reais. A medida deve gerar uma economia de 3 bilhões de reais ao governo no próximo ano. Em contrapartida, o

Congresso se mobiliza para aprovar o fundo público para financiamento da campanha eleitoral, uma medida que vai comprometer 3,6 bilhões de reais. E o MERCADO não reagiu ao aumento da meta

fiscal anunciado pelo Governo, apenas continuou operando.  A bolsa trabalhou em alta (acima dos 68.800 pontos) e o dólar seguiu praticamente estável (próximo aos 3,16 reais).