Peixe florescente transgênico põe em risco a fauna aquática no brasil, dizem biólogos

Os peixes-zebras, geneticamente modificados para brilharem no escuro, têm se adaptado aos rios da Mata-Atlântica e, sem muitos predadores, a população cresce e pode vir a ser considerada uma

praga. Biólogos estão preocupados com os riscos que a proliferação destes animais, que têm entre quatro e cinco centímetros, trazem à fauna original. As informações são do Portal UOL Brilho

de peixe-zebra pode apresentar riscos para a fauna no Brasil – Foto: Divulgação/USP/ND Animais transgênicos, como os peixes-zebras, têm dificuldades de se estabelecer e reproduzir na

natureza. Por isso, a adaptação e reprodução em rios de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo causou surpresa. O animal já é visto no Sul e Nordeste. Além disso, segundo estudos

publicados pela Studies on Neotropical Fauna, e reproduzido pela Science, animais modificados se reproduzem ao longo de todo o ano e atingem a maturidade sexual mais cedo do que seus

antepassados. Originalmente, o peixe veio da Ásia e seu nome científico é Danio Rerio. RISCOS O ecologista da Universidade Federal do Paraná, Jean Vitule, disse à Science que os genes de

fluorescência podem ser introduzidos em peixes nativos da Mata-Atlântica. Caso isso aconteça, eles podem ficar mais visíveis para os predadores. Fazendas locais criam a espécie peixe-zebra

para vendê-los como animais de estimação, mesmo com uma proibição de comercialização do animal no Brasil. PEIXE BRILHANTE A espécie de peixe-zebra é usada para estudos na área de genética e

desenvolvimento. O brilho começou a ser testados no final da década de 1990, nas cores verde, azul e vermelho. Genes de águas vivas fluorescentes foram utilizados na modificação. Registrado

como glofish, essa é a primeira espécie criada para comercialização. As vendas começaram por volta dos anos 2000, usando o brilho como artifício.