Falso consórcio: Promessa de crédito que virou frustração
Falso consórcio: Promessa de crédito que virou frustração"
- Select a language for the TTS:
- Brazilian Portuguese Female
- Brazilian Portuguese Male
- Portuguese Female
- Portuguese Male
- Language selected: (auto detect) - PT
Play all audios:
Imagine o seguinte cenário: você conversa com uma empresa que oferece uma carta de crédito e ela garante que a liberação ocorrerá em 30, no máximo 90 dias. Tudo parece formal, com contrato
assinado eletronicamente e pagamento feito via Pix. Mas os dias passam... e a carta de crédito nunca chega.
Nos últimos anos, temos acompanhado um crescimento alarmante de casos de consumidores lesados por falsas promessas de contemplação rápida. Empresas e representantes comerciais abordam
pessoas por telefone ou WhatsApp com ofertas tentadoras e prazos "garantidos", mas o que entregam, na prática, é uma experiência de enganos, omissões e frustração.
Um cliente de nosso escritório, morador do Tocantins, foi convencido de que receberia a carta de crédito em menos de um mês. Para isso, vendeu um bem de uso pessoal e aplicou R$ 26.000
confiando na promessa. Ele passou a viver enormes dificuldades financeiras por conta do prejuízo e da falsa expectativa criada, pois dependia diretamente daquilo para seu sustento.
Além das falsas promessas, há situações ainda mais graves. Em investigação veiculada pelo G1, descobriu-se que vítimas eram orientadas a mentir sobre a existência do contrato - tudo para
dificultar futuras denúncias ou ações judiciais. A prática foi revelada em reportagem de 2021:
https://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2021/01/15/vitimas-em-falso-consorcio-eram-induzidas-a-mentir-que-nunca-tinham-feito-compra-diz-policia.ghtml
Esse tipo de conduta configura clara violação ao dever de informação, quebra da boa-fé objetiva e propaganda enganosa. Quando o consumidor é induzido ao erro, há vício de consentimento.
Nesses casos, a Justiça vem reconhecendo o direito à anulação do contrato, à restituição dos valores pagos e, em muitos casos, à indenização por danos morais.
1. Assinei o contrato, mas depois percebi que fui enganado. Ainda posso recorrer?
Sim. Mesmo com contrato assinado, é possível pedir a anulação judicial quando houver vício de consentimento - como promessas falsas de prazo, omissão de informações ou pressão indevida para
contratar. A lei protege o consumidor nessas situações.
2. A empresa prometeu liberação rápida e não cumpriu. Isso é suficiente para processar?
Sim. Quando a oferta envolve promessa de contemplação em prazo garantido e isso não é cumprido, trata-se de propaganda enganosa. Essa prática viola o CDC e pode gerar indenização por danos
materiais e morais.
3. Já paguei parte do valor. Tenho chance de reaver esse dinheiro?
Sim. O reembolso é possível quando há falha na prestação do serviço ou indução ao erro. Em muitos casos, os tribunais reconhecem o direito à devolução em dobro, nos termos do art. 42,
parágrafo único, do CDC.
4. Esse tipo de golpe se limita a algum segmento de consórcio?
Não. O problema não está no objeto contratado, mas na forma desleal como a proposta é apresentada ao consumidor. Independentemente do segmento, se a contratação foi feita com base em
promessas falsas, há respaldo jurídico para buscar reparação.
Sim. Quando há frustração de expectativa, prejuízo financeiro e impacto direto na vida do consumidor por conduta abusiva da empresa, os tribunais vêm reconhecendo o direito à indenização por
dano moral.
O consumidor não pode ser responsabilizado por confiar em uma empresa que mente ou omite informações essenciais. O golpe do falso consórcio é uma realidade cada vez mais comum - e
enfrentá-lo é uma questão de justiça.
Se você passou por situação semelhante, saiba que existem caminhos legais para anular o contrato, reaver valores pagos e ser indenizado pelos prejuízos sofridos
Trending News
Policial é flagrado jogando grávida de 5 meses no chão com violência nos EUA | WSCOMEle foi flagrado em vídeo enquanto prendia com brutalidade uma grávida de 5 meses, jogando-a no chão para algemá-la. As...
5 pactos em banho-mariaNo auge dos protestos, em 24 de junho, a presidente Dilma Rousseff propôs cinco pactos aos brasileiros como resposta às ...
Relatora pede redução de pena para Pimenta NevesExploreTerça-feira, 10 de Junho de 2025ENTRAREncontre matérias e conteúdos da Gazeta doPovoNotíciasSaberÚltimasEditoriai...
Times de futebol ajudam na luta contra a rubéolaA Campanha Nacional de Vacinação contra a rubéola, que começa no próximo domingo, ganhou reforço extra no Paraná. Os trê...
Nova gripe deixa 97 funcionários da serasa em quarentena em são pauloA empresa de análise de crédito Serasa Experian anunciou nesta terça-feira (23) que 97 funcionários foram afastados para...
Latests News
Falso consórcio: Promessa de crédito que virou frustraçãoImagine o seguinte cenário: você conversa com uma empresa que oferece uma carta de crédito e ela garante que a liberação...
Senado gastou 4,4% a mais com horas extras em 2009O SENADO FEDERAL gastou 4,4% a mais com o pagamento de HORAS EXTRAS em 2009, passando de R$ 83,9 milhões, em 2008, para ...
Richa indica Jackson Pitombo como novo secretário de TurismoExploreTerça-feira, 10 de Junho de 2025ENTRAREncontre matérias e conteúdos da Gazeta do PovoNotíciasSaberÚltimasEditoria...
Sem acordo, mudanças na repatriação não serão mais votadas, diz relatorSem acordo com PT e governadores, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidiu arquivar de vez o...
Sem divisãoBonequinhas -A candidata do PV à Presidência, Marina Silva (foto), não gostou da propaganda do TSE sobre as eleições des...