Moradores de águas claras querem mais estacionamento

Uma cidade cheia de carros, com poucas opções de transporte público. O resultado, além de um trânsito intenso, é a falta de vagas no comércio e nos prédios residenciais. Essa é a Águas

Claras atual. A ausência de estacionamento é uma das principais queixas da população da cidade. “Esse é o calcanhar de Aquiles da cidade”, afirma o empresário Rubens Costa, ex-presidente da

Associação de Moradores e Amigos de Águas Claras (Amaac). “O projeto original não imaginava que a quantidade de carros ia aumentar tanto”, comenta. Segundo dados da Companhia de Planejamento

(Codeplan), o DF tem uma taxa de um carro para cada dois habitantes. Seguindo essa média, Águas Claras, com uma população de 118.864 pessoas, contaria com uma frota de 59 mil veículos.  A

administração da cidade, no entanto, afirma que o número de vagas públicas existentes é suficiente. Atualmente, a RA possui cerca de nove quilômetros de estacionamentos públicos espalhados

pelos boulevards. “Toda a área pública é pensada junto a uma estratégia de criação de vagas”, garante a administradora Patrícia Veiga Fleury de Matos. Linhas circulares Porém, a

administradora reconhece que é necessário reduzir o número de carros em circulação. “Estamos estudando, em parceria com a Secretaria de Mobilidade, a implementação de ciclovias e de um

transporte circular público na cidade”, informou Patrícia para o METRÓPOLES. A partir deste mês, duas novas linhas começaram a circular em toda a Grande Águas Claras. As linhas 0.951 e 959.1

são atendidas pela Viação Marechal, com micro-ônibus com capacidade para 30 passageiros cada. A linha 0.951 não circula mais em Taguatinga e Vereda da Cruz. O novo trajeto passa pelas duas 

principais avenidas da cidade (Castanheiras e Araucárias), pelas faculdades Unieuro e Uniceub, entrando pelo Pistão Sul até a entrada da Avenida Águas Claras sentido Areal. Passa também

pelas faculdades Católica e Estácio, no Pistão Sul de Taguatinga. A linha 959.1 atende os moradores de Arniqueira e Areal, além das avenidas Castanheiras e Araucárias. A Viação Marechal

disponibilizará, em tempo real, a localização dos ônibus que circulam nessas regiões. O sistema de monitoramento funciona pelo aplicativo Moovit, utilizado também em outros países. Pelo

celular, o passageiro recebe os dados de GPS enviados pela empresa com informações sobre onde está o ônibus, qual o trajeto dele e o tempo estimado para chegar até a parada mais próxima. A

ideia agrada aos moradores da cidade. > Batemos muito na tecla da necessidade de se instituir um transporte > circular aqui. Temos o metrô, mas é preciso que os ônibus atendam > às 

quadras mais distantes das estações. > Rubens Costa Discordância O ex-presidente da Amaac  acredita que, mesmo com as melhorias de mobilidade, a criação de mais vagas é necessária. “É

preciso discutir com a comunidade se o importante é a construção de praças ou de estacionamentos”, aponta. A administração, por sua vez, afirma que as áreas destinadas a praças não podem ter

a finalidade alterada. “Mesmo com esse anseio da comunidade, legalmente, não é possível alterar. O que é praça é praça. Esses locais têm, inclusive, projetos de estacionamento”, justifica

Patrícia.