“não assinaremos cheques em branco”, diz antónio josé seguro

“Não assinaremos de cruz, nem assinaremos cheques em branco. Chega de conversa, o governo que se chegue à frente”. A frase é de António José Seguro e responde à questão política repetida nos

últimos dias: há ou não condições para um acordo na reforma do Estado? O líder do partido diz que só avança perante… “Não assinaremos de cruz, nem assinaremos cheques em branco. Chega de

conversa, o governo que se chegue à frente”. A frase é de António José Seguro e responde à questão política repetida nos últimos dias: há ou não condições para um acordo na reforma do

Estado? O líder do partido diz que só avança perante propostas concretas da maioria no parlamento. “OPS não faltará a nenhum debate, nem voltará as costas ao país”, disse ontem Seguro numa

entrevista à TVI. Mas logo de seguida atirava à “rábula da reforma do Estado que já dura há um ano”, afirmando que está convicto que a maioria PSD/CDS a trouxe à praça pública nesta altura

para “desviar atenções” do debate do Orçamento do Estado. O secretário-geral socialista reafirmou que “o PS continua a defender eleições antecipadas” e diz que “já teria sido vantajosa a

realização de eleições”. Para o futuro próximo do debate político pré-anunciou o envio – que já se falava no PS – para fiscalização sucessiva do Tribunal Constitucional das mexidas em

pensões que constam no Orçamento (a parte da convergência foi aprovada à margem do Orçamento e seguirá para Belém nos próximos dias). Sobre as decisões anteriores de inconstitucionalidade,

que recaíram sobre os dois últimos orçamentos deste executivo, Seguro pediu: “Não culpem o Tribunal Constitucional, que cumpre as suas funções.” Prudência no IRS Em matéria fiscal, o líder

socialista cinge-se às propostas já conhecidas, de alteração ao OE , relativas ao IRC e à baixa do IVA na restauração. Mas sobre uma redução do IRS, Seguro diz que “seria mais prudente em

relação a essa matéria”, preferindo concentrar “todos os esforços para haver redução ou eliminação da sobretaxa. Qualquer redução de impostos tem de passar pelo crivo da sustentabilidade”,

justificou. O líder do PS disse ainda discordar do ex-ministro do governo de José Sócrates, Teixeira dos Santos, que considerou que o PS deveria viabilizar o Orçamento do Estado para 2014:

“Falamos muito de consensos, mas o valor da alternativa não é menos do que o valor do consenso.” Em matérias políticas, António José Seguro foi conciso. Rejeitou falar de candidatos

presidenciais ou em quem será o número um da lista socialista às europeias do próximo ano. Sobre o regresso de José Sócrates disse não estar preocupado: “Sou um líder tranquilo que afirmo as

minhas convicções.” O socialista explicou ainda por que não foi ao lançamento do livro do ex-primeiro-ministro e seu antecessor na liderança do partido: “Não recebi convite.”