Transplantes de cocô serão oferecidos a centenas de pacientes para tratar superbactérias no reino unido

TÉCNICA INOVADORA FOI APROVADA POR AUTORIDADE DE SAÚDE BRITÂNICA, QUE ESTIMA ATÉ 500 PESSOAS AO ANO BENEFICIADAS PELO TRATAMENTO O Instituto Nacional de Excelência em Saúde e Cuidados do

Reino Unido (Nice) deu o sinal verde para que pacientes do Sistema Nacional de Saúde (NHS) com infecções da bactéria _Clostridium difficile _resistentes aos medicamentos sejam tratados com

transplante de cocô, técnica considera inovadora e mais eficaz que os remédios. De acordo com a autoridade, de 450 a 500 pessoas por ano poderão se beneficiar com a oferta da terapia. *

ENTREVISTA: 'EM POUCOS ANOS, A MAIORIA DOS CASOS DE ALZHEIMER SERÁ EM PAÍSES COMO O BRASIL', DIZ NEUROLOGISTA * SEMENTE DE CHIA: VEJA OS BENEFÍCIOS COMPROVADOS DE DUAS COLHERES DE

SOPA POR DIA O Transplante de Microbiota Fecal (TMF), como é formalmente chamado, estará disponível para pacientes que passaram pelo tratamento de duas ou mais infecções da bactéria

_Clostridium difficile_ sem sucesso. São os casos das superbactérias, quando o microrganismo se torna resistente aos antibióticos. O procedimento consiste em restaurar a população das

bactérias consideradas boas para o corpo humano que vivem no intestino. Isso porque o desequilíbrio da microbiota favorece a infecção pela _Clostridium difficile_, e a carência dos

microrganismos saudáveis para o organismo dificulta o combate ao patógeno. * PRISÃO PERPÉTUA: MÃE VEGANA É CONDENADA NOS EUA APÓS FILHO BEBÊ MORRER DE DESNUTRIÇÃO Com isso, são coletadas

bactérias boas do cocô de doadores que estão com a microbiota equilibrada. Esses microrganismos são então introduzidos no paciente infectado por meio de um tubo, inserido diretamente no

estômago ou pelo nariz chegando até o intestino. Essas bactérias boas podem ser ingeridas também no formato de uma pílula. “Atualmente, existe a necessidade de um tratamento eficaz de C.

diff em pessoas que receberam duas ou mais rodadas de antibióticos. A recomendação do nosso comitê sobre este tratamento inovador fornecerá mais uma ferramenta para os profissionais de saúde

usarem no combate a essa infecção, ao mesmo tempo em que equilibra a necessidade de oferecer o melhor atendimento com o custo-benefício. O uso desse tratamento também ajudará a reduzir a

dependência de antibióticos e, por sua vez, reduzir as chances de resistência antimicrobiana”, afirma o diretor interino de Tecnologia Médica do Nice, em comunicado, Mark Chapman. *

'NÃO CONSEGUIA LEMBRAR MEU NOME': AUSTRALIANA É DIAGNOSTICADA COM ALZHEIMER AOS 37 ANOS APÓS INFESTAÇÃO DE MOFO EM CASA A Clostridium difficile é uma bactéria conhecida por

provocar quadros de diarreia e a inflamação chamada de colite em pacientes com a microbiota desregulada. Geralmente, ela é tratada com antibióticos, porém com o crescimento de versões

resistentes aos medicamentos outras alternativas tornam-se necessárias. Ensaios clínicos com o transplante fecal mostraram que a forma de tratamento é significativamente melhor que a atuação

de antibióticos em pessoas com infecções recorrentes. Segundo o Nice, cinco estudos com 274 adultos mostraram que a terapia pode resolver até 94% dos quadros. * CÂNCER DE PÂNCREAS: SAIBA OS

SINTOMAS DO TUMOR DA ATRIZ LÚCIA ALVES, QUE COSTUMA TER DIFÍCIL IDENTIFICAÇÃO Além disso, trata-se de uma opção mais barata. As evidências apresentadas ao Comitê Consultivo de Tecnologia

Médica do Nice relatam uma economia de centenas a milhares de libras para o serviço público de saúde britânico na oferta do transplante em vez da insistência em antibióticos nestes casos. De

acordo com o aval do Nice, a terapia precisa ser conduzida a partir das orientações da Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA) e fazer parte de um programa rigoroso de

triagem de doadores para garantir a ausência de riscos como para doenças transmissíveis e outros fatores que podem influenciar a microbiota intestinal.