Rússia e aliados ampliam força militar conjunta

A RÚSSIA buscou fortalecer sua aliança na segurança com outras seis nações que fizeram parte do extinto bloco soviético, ao ampliar uma força militar de reação para frear a influência

norte-americana na ÁSIA CENTRAL, região rica em recursos energéticos. A cúpula da ORGANIZAÇÃO DO TRATADO DE SEGURANÇA COLETIVA ocorreu um dia após o QUIRGUISTÃO ter informado que não alugará

mais uma base aérea que os EUA usam para apoiar as operações militares no AFEGANISTÃO. A saída das tropas americanas do QUIRGUISTÃO marcará uma vitória para Moscou, que considera os países

da Ásia Central sua esfera de influência. Rússia, BIELO-RÚSSIA, ARMÊNIA e quatro nações da Ásia Central - Casaquistão, Quirguistão, TAJIQUISTÃO e USBEQUISTÃO - concordaram nesta quarta-feira

(4) em ampliar e reforçar uma força militar conjunta de resposta rápida. A força militar deverá ter 10 mil soldados e funcionar sob um comando central, substituindo a força atual, que tem

apenas 3 mil soldados e não conta com comando unificado. A mudança fortalecerá a dimensão militar da aliança comandada pelos russos, que até agora tem servido mais como um fórum para

consultas de segurança entre os países. Um conselheiro do KREMLIN disse que tropas russas formarão as unidades centrais da aliança. O enviado da Rússia na Organização do Tratado do Atlântico

Norte (OTAN), DMITRY ROGOZIN, disse que a nova força militar poderá ter uma base no Quirguistão, talvez até na base atualmente alugada aos americanos. A Rússia e seus aliados também

concordaram em criar um fundo de US$ 10 bilhões para socorrer os países atingidos pela crise econômica mundial. A Rússia proverá a maior parte do dinheiro do fundo - US$ 7,7 bilhões. O

presidente do Quirguistão, KURMANBEK BAKIYEV, anunciou sua intenção de não alugar mais a base para os EUA após a Rússia concordar em fornecer um empréstimo de US$ 2 bilhões ao seu país, além

de outros US$ 150 milhões em ajuda financeira. O contrato assinado com Washington, no entanto, obriga o Quirguistão a notificar os EUA com 180 dias de antecedência para que desocupem a base

de Manas. Funcionários americanos afirmaram ainda não ter recebido tal notificação. O general americano DAVID PETRAEUS, comandante das forças dos EUA no Afeganistão e no Iraque, visitou o

Quirguistão há apenas algumas semanas e manifestou confiança de que a base continuaria a operar. Petraeus disse que os EUA injetaram US$ 150 milhões na economia quirguiz a cada ano,

incluídos os US$ 63 milhões pagos em aluguel da base. As informações são da Associated Press. Veja também