Bilhete premiado não é de brasileira, diz comerciante ao "new york times"

O site do jornal "THE NEW YORK TIMES" publicou nesta sexta-feira (1) reportagem em que o dono do supermercado onde foi vendido um bilhete de loteria premiado em Nova Jersey afirma

que não é uma brasileira a ganhadora dos US$ 126 milhões (cerca de R$ 196,8 milhões). ANTONIO SEABRA, dono do estabelecimento, disse ao diário que o bilhete foi comprado por um casal de

portugueses que freqüenta a loja há 35 anos. "São pessoas humildes, uma família que trabalha muito", observou o comerciante, acrescentando que "o marido foi trabalhar no dia

seguinte" ao que soube que havia virado milionário. O "Times" informa que o caso virou notícia no Brasil graças ao rumor de que a ganhadora seria uma brasileira de GOVERNADOR

VALADARES (MG). A história tem várias versões, entre elas uma de que a brasileira seria ilegal nos EUA e teria entregue o bilhete a uma amiga regularizada para que ela sacasse o dinheiro,

mas que esta quer ficar com todo o dinheiro. "Há também a versão de que ela teria entregue ao marido, que fugiu com a amante", contou ao G1 o repórter LEONARDO FERREIRA, do jornal

"Brazilian Voice", publicação local para a comunidade brasileira, que é citado na reportagem do Times como o primeiro a disseminar o boato sobre a suposta imigrante milionária. O

jornalista carioca, no entanto, aponta que ao noticiar que o bilhete premiado havia sido vendido em um supermercado no bairro de IRONBOUND, em NEWARK, deixou claro que a informação de que a

cliente em questão seria brasileira era um rumor. A reportagem do "Times", assinada pelo repórter KIRK SEMPLE, cita o caso como um exemplo de como as telecomunicações tornaram o

mundo pequeno, já que um boato de uma comunidade de brasileiros nos EUA se espalhou rapidamente em Governador Valadares, de onde seria a suposta sorteada. "Para os brasileiros de

Ironbound, e seus parentes e amigos no Brasil, um ganho milagroso dessa magnitude representa o esquema perfeito de enriquecimento, a expressão final do sonho americano", comenta a nota

do diário. Veja também