Estação festeja 2 anos ainda sem lucro

Em seu aniversário de dois anos, que completa hoje, o Estação Embratel Convention Center ganhou um presente invejável. Embora tenha ficado de fora da maior parte da programação das

conferências da ONU, o empreendimento foi a sede de um dos eventos mais importantes: o segmento ministerial, que reuniu na segunda e na terça-feira ministros do Meio Ambiente de 103 países.

Miguel Krigsner, proprietário do Estação Convention, faz um balanço positivo de seu empreendimento. Segundo ele, em dois anos passaram pelo centro mais de 800 mil pessoas de várias partes do

mundo, presentes a 470 eventos entre congressos, feiras de negócios e shows musicais. O Estação Convention também já recebeu importantes prêmios do setor, estimulou algumas melhorias

urbanísticas em seu entorno e colaborou para aumentar em 50% a ocupação de hotéis da cidade, segundo estimativa da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih-PR). Mas ainda não está

dando lucro. "Sabíamos que ele só se tornaria rentável a partir do quarto ou do quinto ano de funcionamento", conta Krigsner. Ou seja, o investimento de R$ 77 milhões no centro de

eventos só começará a dar retorno dentro de, no mínimo, dois anos. O empresário explica que os grandes eventos são agendados com muita antecedência, e que por isso somente agora o Estação

Convention está tendo o retorno de organizadores que o conheceram quando ele era apenas um projeto. Mas o futuro, segundo Krigsner, é promissor: já existem eventos fechados para 2011, como a

Conferência Mundial de Escotismo – que foi disputado com cidades da Austrália, China e Suíça. No entanto, o proprietário do Estação Convention – que também é o fundador e presidente de O

Boticário – aponta um aspecto que, em sua opinião, é fundamental para o sucesso do negócio: o desenvolvimento do turismo de negócios na capital paranaense. "Ainda tem que haver um

empenho muito grande por parte do município para tornar Curitiba realmente atraente como local de turismo de negócios. E a iniciativa privada é muito limitada para fazer, sozinha, essa

divulgação", diz Krigsner.