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_DVD/Bluray_UM MÉTODO PERIGOSO_Reino Unido/Alemanha/Canadá/Suiça, 2011. Direção de David Cronenberg. Sony Pictures Classics. Apenas para locação. Drama._ Um Método Perigoso, penúltimo filme

do cineasta canadense David Cronenberg, que acaba de exibir Cosmópolis no Festival de Cannes, pode surpreender os fãs. A linearidade do seu roteiro e a ausência das experimentações visuais

que costumam povoar os longas-metragens, não estão tão presentes aqui. O personagem central da trama é Sabina Spielrein (Keira Knightley, de Desejo e Reparação), jovem russa de origem

judaica que, no início do século 20, busca tratamento para um aparente surto psicótico numa clínica em Zurique, na Suíça. O médico designado para tratá-la é o psiquiatra Carl Jung (Michael

Fassbender, de Shame), à época discípulo e seguidor de Sigmund Freud (Viggo Mortensen, astro de vários filmes de Cronenberg, entre eles Senhores do Crime). Jung, casado com uma jovem

aristocrata rica, enxerga em Sabina, cuja patologia ele descobre ser de fundo sexual, possivelmente gerada no seio familiar, a possibilidade de aplicar o método psicanalítico freudiano,

baseado no diálogo entre paciente e terapeuta. Não antevê que a paciente se tornará, ao longo dos anos, sua amante e, por fim, colega de profissão. Por que assistir? O roteiro de

Chris­topher Hampton (vencedor do Oscar por Ligações Perigosas), baseado em sua peça teatral homônima, por sua vez inspirada em um livro de John Kerr, fala tanto da relação entre Sabina e

Jung, retratado como um médico com forte espírito protestante, sempre em profundo embate com seus deveres éticos e morais, quanto do vínculo algo edipiano do psiquiatra com Freud, seu

mestre, que vai da admiração cega ao rompimento definitivo. (PC) _CD 1_THE LIGHT THE DEAD SEE_Soulsavers. Mute Records. Importado. Preço médio: US$ 10. Eletrônica._ Na ativa há mais de dez

anos, o duo de produtores ingleses Rich Machin e Ian Glover gravaram os quatro álbuns que compõem sua discografia em esquema colaborativo. As canções do penúltimo trabalho, Broken (2009),

por exemplo, são todas cantadas e escritas por Mark Lanegan, com participações de Mike Patton (Faith No More), Jason Pierce (Spiritualized) e Gibby Haynes (Butthole Surfers). Lançado no mês

passado, o mais recente disco da dupla é capitaneado por ninguém menos que Dave Gahan, vocalista da banda inglesa Depeche Mode. Batizado de The Light the Dead See (na tradução, a luz que os

mortos veem), o álbum reúne composições densas sobre demônios, fracassos, morte, arrependimento, fé e devoção – assuntos nos quais Gahan é especialista – embaladas pela sonoridade já

clássica de Machin e Gover: uma mescla de trilhas sonoras de spaghetti westerns com rock, gospel e soul. Preste atenção: Clinicamente morto por 6 minutos após uma overdose em 1996 e

recentemente curado de um tumor maligno na bexiga, o frontman do Depeche Mode narra com uma intensidade há tempos não ouvida como é "chegar ao outro lado e voltar" em faixas densas

e comoventes, entre elas "Presence of God", "Gone Too Far", "Take Me Back Home" e "In the Morning", esta última com os vocais de apoio de Lanegan.

(JG) _CD 2_NÃO ME PEÇAM JAMAIS QUE EU DÊ DE GRAÇA _TUDO AQUILO QUE EU TENHO PRA VENDER__Herbert Lucena. Independente/ Coreto Records (selo). Disponível em

http://soundcloud.com/herbertlucena_ O pernambucano Herbert Lucena lançou seu segundo álbum, Não Me Peçam Jamais Que Eu Dê de Graça Tudo Aquilo Que Eu Tenho pra Vender, em dezembro de 2011.

No entanto, desconhecido fora de sua região, o músico passou a chamar a atenção de fato no último mês, quando surgiu como o líder em indicações para o 23º Prêmio da Música Brasileira. Das

quatro categorias que disputou na última quarta-feira, o disco venceu três – melhor projeto visual e melhor álbum e cantor (regional). Por que ouvir? Coincidentemente, chegou o período das

festas juninas – momento propício para o trabalho de Lucena em Pernambuco, já que o disco se baseia no coco. Por aqui, é também um bom pretexto para descobrir a festividade em facetas mais

genuínas, a partir de uma música enraizada na tradição. E, ao mesmo tempo, conhecer uma abordagem moderna do coco, que lança mão de uma sonoridade rica, boas letras e instrumentações

surpreendentes – como os metais de "Olhar do Sertão" ou a formação de câmara em "Coco Agrestino". (RRC) _Internet_ERRÁTICA_www.erratica.com.br. Revista on-line._ A

revista on-line Errática publica ensaios e poemas, que vão sendo mantidos disponíveis no site. Quem visita o endereço hoje vai encontrar encabeçando a lista de textos um poema da paranaense

Josely Vianna Baptista, "Os Primitivos Ritos do Colibri". Trata-se de um excerto de uma transcrição feita por ela para o português do canto mbya-guarani que fala sobre o surgimento

do universo e de todas as criaturas. A transcrição faz parte do recém-lançado livro de Josely, Roça Barroca (Cosac Naify). Na sequência, vem um trecho do novo livro de Antonio Cícero,

Poesia e Filosofia (Civilização Brasileira), em que ele questiona os paradoxos da poesia. A Errática é editada pelos poetas André Vallias e Eucanaã Ferraz. Preste atenção: Na elegância das

páginas montadas com cuidado para acompanhar os ensaios e poemas. Ilustrações e recursos digitais são usados com bom gosto e fazem de cada texto uma pequena experiência de apuro visual e

literário. (MS) _CD/DVD_PROMESSAS 2012_Vários artistas. Som Livre. R$ 16,90 (CD) e R$ 24,90 (DVD). Gospel._ A Som Livre acaba de lançar a quinta edição do CD e DVD Promessas. A coletânea,

que em todas as edições reúne grandes nomes da música gospel, traz neste ano o Ministério de Louvor Diante do Trono, Livres para Adorar, André Valadão, Marquinhos Gomes, Fernandinho, Davi

Sacer, Pra. Ludmila Ferber, Elaine de Jesus, Irmão Lázaro, Rachael Novaes e Maria Pugliese, além da participação especial dos cantores David Quilan, Paulo César Baruk e Heloisa Rosa. Por que

ouvir? Promessas 2012 inclui 17 canções muito bem selecionadas com os maiores sucessos de cada um dos artistas, como "Grandes Coisas" (Fernandinho), "No Caminho do

Milagre" (Davi Sacer), "Nada Pode Quebrar" (André Valadão) e "Mais Forte Que a Morte" (Livres para Adorar), entre outras. Talvez o mais interessante seja o fato de a

coletânea trazer canções para todos os gostos musicais: há versões pop, axé, calmas e agitadas. (LJ)