Othon Bastos ocupa o palco e a telona em Belo Horizonte
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ARTES CÊNICAS Othon Bastos ocupa o palco e a telona em Belo Horizonte Ator encena monólogo "Não me entrego, não", com ingressos já esgotados. Centro Cultural Unimed-BH Minas tem mostra
gratuita de filmes, a partir de quinta (5/6) Publicidade Com 92 anos de vida e mais de 70 de carreira, Othon Bastos usa a todo momento a expressão “seguir em frente” para falar sobre o
primeiro monólogo que encena em sua trajetória. “Não me entrego, não” estreou em junho de 2024, no Rio de Janeiro e chega a BH para três apresentações neste fim de semana, com ingressos já
esgotados.
Leia Mais Filho diz que Faustão evita sair de casa; saiba o motivo Chico Buarque passa por cirurgia neurológica Espaço Cultural Museu Clube da Esquina anuncia reformas Com o desejo de voltar
aos palcos, Othon Bastos procurou o amigo Flávio Marinho, com a proposta de que escrevesse e dirigisse um espetáculo sobre sua vida. O impulso para essa ideia, segundo conta o ator, foi ter
assistido à peça “Judy: o arco-íris é aqui”, dirigida por Marinho, que entrelaça a vida de Judy Garland com a da protagonista, Luciana Braga, num jogo metalinguístico. “Achei linda a forma
como ele conseguiu misturar a vida da atriz com a da personagem”, comenta.
Othom Bastos conta que municiou Marinho com centenas de páginas que registravam seus pensamentos e reflexões, escritas ao longo dos anos. “Conheço Flávio há muito tempo, então ele já sabia
muita coisa da minha vida. Na peça, pegamos desde minha infância, no colégio, e vamos contando os fatos. Só falei para ele que não queria memórias tristes, porque é preciso viver com
alegria, estar preparado para os reveses e seguir em frente”, diz.
Excesso de tramas prejudica "O esquema fenício" “Não me entrego, não” é o mural de uma vida dividido em blocos temáticos – trabalho, amor, teatro, cinema, política –, com as memórias de
Bastos ensejando reflexões e citações. O ator ressalta que não se trata exatamente de uma biografia.
Ruy Guerra vem a BH participar da 13ª edição do Cinecipó “Não estou ali para me mostrar, mas para contar fatos de uma vida artística. Falo de como lidei com acontecimentos”, frisa. Esses
acontecimentos, ele diz, foram quase sempre atravessados pelo acaso, que considera “um amigo inseparável”.
Corisco “Para o filme do Ruy Guerra [“Os deuses e os mortos”, de 1970], por exemplo, fui chamado na última hora, porque o ator que estava escalado ficou doente. Com 'Deus e o diabo na terra
do sol' foi a mesma coisa. O ator que Glauber havia imaginado já estava com outro contrato”, conta, evocando o icônico personagem Corisco, de quem é a fala que batiza o espetáculo. “Corisco
diz que vai seguir em frente e é isso que a gente tem que fazer na vida, não desistir, não se render, não se entregar”, destaca.
Bastos conta que, mesmo tendo sido chamado em substituição a outro nome, Glauber Rocha lhe permitiu mexer no roteiro, de forma a adaptar seu personagem. “Ele entendeu que cada ator cumpre um
papel à sua maneira. Eu estava fazendo um trabalho sobre Brecht, levei isso para o Corisco e deu certo, ficou uma coisa viva, moderna, não ficou um filme de cangaceiro como os que se faziam
muito na época. Até hoje é um divisor de águas”, diz.
Jovem mineira estreia no cinema em 'O agente secreto', premiado em Cannes O ator revela, no entanto, que o filme cuja realização mais o emocionou foi “São Bernardo” (1971), de Leon Hirszman,
pelo qual ganhou o prêmio de melhor ator no Festival de Gramado.
Ele recorda que somente nos ensaios se gastavam de seis a oito horas, porque, com recursos limitados, não se podia errar, porque não havia a possibilidade de repetir a cena. “Naquela época,
fazer cinema era uma batalha”, pontua. Ele diz que “Não me entrego, não” enfatiza os encontros que o cinema lhe proporcionou.
“Falo dos trabalhos com Alex Viany, em 'Sol sobre a lama', e Anselmo Duarte, em 'O pagador de promessas', os primeiros filmes que fiz, em 1962. Depois vieram Glauber, Ruy Guerra, Sérgio
Rezende, Leon Hirszman; todos encontros lindos”, destaca. Ele ressalta que tudo é permeado por muito humor, um tom dado por Marinho para contrapor a imagem de um ator que só faz personagens
épicos. “Achei ótimo. O medo de errar tolhe tudo, então é preciso acreditar e ir em frente”, diz.
Ética e mentira desafiam Juliette Binoche no filme 'Entre dois mundos' Um dado curioso é que se trata de um monólogo, mas com uma interlocução. Bastos conta com a companhia em cena da atriz
Juliana Medella, que pontua suas falas. “Ela é uma espécie de Alexa (a assistente virtual da Amazon), uma pessoa que está ali me auxiliando. Sugeri que o nome dela fosse Memória. Estou com
92 anos, então a minha costuma falhar. Ficou muito interessante, porque sou eu conversando com minha memória, discutindo e até discordando dela. O público fica sem saber se sou eu ou minha
memória quem está certo”, afirma.
Mostra de filmes Em paralelo à temporada de “Não me entrego, não” em BH, o Centro Cultural Unimed-BH Minas promove a mostra retrospectiva “Se entrega! O cinema de Othon Bastos”, com oito
títulos da filmografia do ator. As sessões serão desta quinta (5/6) até 11/6, com entrada franca.
Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia “São Bernardo”, “Deus e o diabo na terra do sol” e “Ao Sul do meu corpo” são alguns dos títulos selecionados.
Programador das salas de cinema do Centro Cultural e curador da mostra, Samuel Marotta diz, a respeito de Othon Bastos: “Sua presença nunca é decorativa, ele é um ator-autor, que opera na
instância da criação nos filmes com os quais se envolve. Essa mostra é uma tentativa de reconhecer essa entrega radical ao cinema”.
A programação completa da mostra está no site do Centro Cultural Unimed-BH Minas.
“NÃO ME ENTREGO, NÃO”Espetáculo com Othon Bastos, desta sexta (6/6) a domingo, no teatro do Centro Cultural Unimed-BH Minas. Ingressos esgotados.
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