O caminho da árvore dos enforcados - diário do poder
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Cláudio Humberto JORGE OLIVEIRA 18/02/2019 18:02 | Atualizado 18/02/2019 18:02 ACESSIBILIDADE: text_increase text_decrease Rafina, Grécia – A foto exibida por Bolsonaro no Palácio da
Alvorada, residência oficial do governo, cercado por seus ministros, onde ele aparece de chinelos, é o retrato mais fiel do desprezo que o capitão tem pelo cargo que exerce. Lá na minha
terra, em Maceió, dava-se a isso o nome de maloqueiro, sinônimo de: maltrapilho, esfarrapado, farrapo, grosso, grosseirão. É dessa forma, com essa roupagem de indigente, que o capitão
pretende conduzir o país pelos próximos quatro anos. Se observarmos a imagem com mais atenção, é perceptível o constrangimento estampado na cara de cada um dos seus auxiliares com o
flagrante. Como desabafou Bebianno, seu principal ministro, ao ser chutado do Palácio do Planalto, o país está sendo governado por um louco. Diante dessa constatação, ele agora pede desculpa
à população por tê-lo ajudado a chegar à presidência. É com o diagnóstico de esquizofrênico e adotando esses modos grosseiros, rudimentares e incivilizados que Bolsonaro se apresenta aos
seus eleitores para governador o Brasil. Confunde bons modos, respeito e civilidade com populismo barato como se ainda estivesse no palanque. Falta pouco, muito pouco, para desfilar à
beira-mar com um isopor na cabeça, como fez Lula nos seus dias de glória. Incrível como os dois se parecem. Bolsonaro avacalha-se na postura. Está longe de um grande líder, um
estrategista que guia a nação com a sobriedade e equilíbrio. Sem precisar, necessariamente, aparecer em cenas grotescas para se aproximar do seu povo, humilhando-o, desrespeitando-o,
tratando-o como se ele fosse uma caricatura à sua semelhança. Bolsonaro mostra-se um jeca. Ainda está longe, muito longe de ser respeitado como um chefe de estado quando posa para
fotografia como um mulambento. O capitão nunca foi e jamais mais será um líder de massa. Obscuro como político, elegeu-se deputado sempre pela força dos militares que tinham nele seu
principal escudo para defender os interesses da corporação. Chegou ao poder na canoa da corrupção petista. E mesmo assim governa com apenas um terço do eleitorado (Haddad e os votos nulos e
brancos somam mais de 90 milhões dos eleitores). Portanto, não deve brincar de presidente, pois a grande massa está de olho. Depois da posse, todos os dias são dias de crise. As
domésticas, as mais graves. O filho Flávio, o Zero Um, é acusado de acobertar familiares de milicianos em seu gabinete na Assembleia do Rio e de lavagem de dinheiro nas negociatas de
imóveis. Pesa contra ele a cumplicidade com Queiroz, um ex-policial carioca, lotado no seu gabinete, que extorquia dinheiro dos salários dos empregados do gabinete dele. Bolsonaro também não
esclareceu como os 25 mil reais do Queiroz foram parar na conta da Michele, sua mulher. A versão de que a grana surgiu de um empréstimo entre ele e o policial é lorota, conversa pra boi
dormir. Não devemos esquecer que as maracutaias do atual presidente apareceram antes das eleições com a descoberta da Wal, a funcionária fantasma do gabinete dele que tinha uma barraca de
açaí em Angra dos Reis. Ora, ora, sacrificar Bebianno como boi de piranha é tentar enterrar apenas um cadáver do seu governo, deixando outros insepultos. Bebianno é acusado de fazer o que
ainda é comum em eleições: o golpe das candidaturas laranjas. Como político longevo Bolsonaro conhece muito bem como funciona esse tipo de operação. Essa conversa de que fez uma campanha
franciscana só convence seus eleitores ingênuos que ainda acreditam em cegonha e em Papai Noel. Bebianno sai do governo e leva com ele uma montanha de segredos financeiros. Se começar a
soltar a língua, o governo estará à beira do brejo. Bebianno foi o principal articulador financeiro da campanha. O caso de Minas Gerais e Pernambuco, que envolvem candidatos laranjas, não
é o primeiro nem será o último. Outros escândalos vão surgir nas contas do PSL e de outros partidos. Acontece que Bolsonaro sabe como essas operações foram articuladas pelo seu tesoureiro.
Agora, depois de chegar ao poder, mostra-se surpreso com o escândalo. E para exorcizar rapidamente o problema, prefere colocar o pescoço do amigo leal na forca a reconhecer a sua gratidão.
Uma coisa o eleitor do Bolsonaro já percebeu: ele não é fiel a ninguém. Entre ficar com os filhos – ingênuos e despreparados na política – a auxiliares que o ajudaram a chegar ao poder,
ele opta pelos garotos que vão levá-lo mais cedo ou mais tarde a mesma árvore dos enforcados. Os zeros do Bolsonaro – o Um, o Dois e o Três – conhecem de política como Lula conhecia de
fissão nuclear: nada.
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