Setor de saúde vai aumentar pressão pela nova cpmf
Setor de saúde vai aumentar pressão pela nova cpmf"
- Select a language for the TTS:
- Brazilian Portuguese Female
- Brazilian Portuguese Male
- Portuguese Female
- Portuguese Male
- Language selected: (auto detect) - PT
Play all audios:
[caption id="attachment_36940" align="alignleft" width="300" caption="Deputado Darcísio Perondi e ministro José Gomes Temporão pressionam por mais recursos
para a saúde"][/caption] RODOLFO TORRES A Contribuição Social para a Saúde (CSS), imposto que funcionará nos moldes da extinta Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira
(CPMF), está de volta à pauta da Câmara. A Frente Parlamentar da Saúde, presidida pelo deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), pressiona abertamente para que a Casa conclua ainda neste mês a
análise da proposta que, se aprovada no Congresso, destinará mais R$ 12 bilhões por ano ao setor. "Se o colégio de líderes não acordar, ele [Michel Temer, presidente da Câmara] vai
colocar em votação. E a pressão vai aumentar. A partir da semana que vem nós teremos 300 pessoas por dia aqui na Câmara, pressionando. Usuários, médicos, enfermeiros, provedor de Santa
Casa... Hoje [quarta-feira, dia 9] 50 conselheiros do Conselho Nacional de Saúde se deitaram no Salão Verde pedindo a votação. E essas manifestações vão aumentar", anuncia Perondi,
médico por formação. Entre os apoiadores da CSS citados por Perondi está o PDT. O deputado Mário Heringer (PDT-MG) afirma que o fato de a CSS incidir sobre a movimentação financeira deve ser
considerado durante a análise da proposta. "Na minha concepção, ela é necessária porque tem uma coisa que a gente não pode abandonar que é a questão do controle da sonegação. Esse
controle é fundamental", destaca o pedetista, que também é médico. "Hoje, o governo tem maioria na Casa para aprovar, eu não tenho dúvida disso. E, se ela vier, vai ser
aprovada", analisa Heringer, sem esquecer da "força" dos movimentos contrários à proposta. De acordo com Perondi, os R$ 57 bilhões que o orçamento do próximo ano libera para a
saúde serão insuficientes para o setor. "Desta vez essa contribuição vai direto para a saúde. A CPMF foi uma fonte substitutiva. O governo diminuiu outras fontes e usou a CPMF. Agora,
essa CSS é a mais. Ela não é substitutiva, ela é a mais, adicional", afirma o presidente da frente parlamentar. SUBFINANCIAMENTO HISTÓRICO Para o peemedebista gaúcho, a saúde brasileira
"tem um claro problema de subfinanciamento, que é histórico". "O que estamos defendendo é a necessidade do aumento da participação do setor público no custeio da saúde",
explica Perondi. Segundo o deputado, o financiamento da saúde hoje é composto de 60% de recursos privados e 40% de recursos públicos. Na avaliação de Perondi, os R$ 12 bilhões que a CSS
proporcionará vão melhorar a qualidade no atendimento nas urgências e emergências hospitalares, além de reduzir a espera por consultas especializadas, exames e internações hospitalares.
"Se pegarmos todo o recurso que a União, os Estados e os municípios destinam juntos para a saúde [cerca de R$ 108,2 bilhões] e dividirmos pelos 190 milhões de brasileiros e, depois,
pelos 365 dias do ano; isso corresponderá a R$ 1,56 por dia, por pessoa. Não temos, portanto, uma passagem de ônibus por dia para fazer saúde no Brasil", argumenta o parlamentar.
CONTRIBUIÇÃO PERMANENTE Ao contrário da CPMF, que tinha caráter provisório, a CSS será permanente, com alíquota de 0,1% e destinada exclusivamente para a área da saúde. No entanto, o tributo
não será cobrado de aposentados, pensionistas e trabalhadores que recebem até R$ 3.038,00 por mês. A CSS é a condição imposta pelo governo para que o Congresso analise a Emenda 29, proposta
que define como serão realizados os gastos do setor público com a saúde. "Quem ganha um salário de R$ 5 mil contribuirá com apenas R$ 2 por mês, já que ela incidiria somente sobre os
R$ 2 mil que ultrapassem a faixa de isenção", exemplifica Perondi. Para começar a ser cobrada a partir de 2010, a matéria terá de passar pelas duas Casas do Congresso ainda neste ano. A
CSS foi aprovada na Câmara em 2008. Contudo, para a Casa concluir essa votação e devolver o projeto ao Senado, precisa antes analisar o destaque, apresentado pela oposição, para acabar com
a base de cálculo do tributo. Se for aprovado, o destaque inviabiliza a cobrança da contribuição (veja como os deputados votaram a CSS). Barreiras na Câmara Segundo Perondi, a bancada do PT
também quer a aprovação da CSS. Mas ele aponta o líder do partido na Casa, Cândido Vaccarezza (SP), como obstáculo à proposta. "Os deputados do PT querem, mas o Vaccarezza não quer. Mas
nós vamos conquistá-lo", afirma o peemedebista. O deputado Maurício Rands (PT-PE) afirma que a discussão sobre a CSS dentro da bancada petista não é uma questão de mérito. "Muitos
parlamentares do PT avaliam que não há clima no momento para essa votação", explica Rands. A reportagem não localizou Vaccarezza. O líder da minoria no Congresso, deputado Otávio Leite
(PSDB-RJ), é enfático ao destacar a posição contrária dos oposicionistas à proposta. "Nós vamos obstruir de todas as formas se o governo tentar isso. Por uma razão muito simples: a
sociedade não pode pagar por uma incompetência do governo. A carga tributária já ultrapassou todos os limites possíveis. Então, nós somos absolutamente contra", afirma o parlamentar
fluminense. Vice-líder do DEM, José Carlos Aleluia (BA) classifica a pressão pela CSS como "absurda". Para ele, a aprovação dessa matéria seria um "papelão" para a
Câmara. "Não é por falta de dinheiro que a saúde deixa de ser atendida. É por falta de vergonha", dispara o oposicionista, complementando que a área nunca foi uma prioridade para o
governo. A criação de mais um tributo encontra resistência mesmo na base aliada. "Um governo que paga R$ 190 bilhões de juros não precisa criar imposto para a saúde... O governo quer
criar mais imposto e, com o superávit que existe,ele paga juros, ou empresta para o exterior, ou compra armas", alfineta o deputado Abelardo Camarinha (PSB-SP).
Trending News
Educação financeira no brasil: um caminho necessário para o desenvolvimento sustentávelEm um país onde o endividamento se tornou uma preocupação crescente, a educação financeira surge não apenas como uma fer...
Darf fora do prazo- codigo 1872 - departamento pessoal e rhMagaly, bom dia. Você terá que acessar o site sal.receita.fazenda.gov.br magaly, terá que simular a competência que dese...
Immunethep - notícias, política, opinião, fotos e podcastsA empresa biotecnológica sediada em Cantanhede estaria neste momento a pedir autorizações ao Infarmed para o início dos ...
Lula e ministros desembarcam em roraima para dar apoio aos yanomamiDeputada Célia Xakriabá cobra ações do governo para lidar com onda de ataques a aldeias indígenas, iniciada no último fi...
Uso responsável de recursos hídricos será debatido em seminário nos dias 19 e 2012/09/2019 13h15 Por: Redação Em meio ao período em que Campo Grande enfrenta racionamento de água em alguns bairros dev...
Latests News
Setor de saúde vai aumentar pressão pela nova cpmf[caption id="attachment_36940" align="alignleft" width="300" caption="Deputado Darcís...
Ministério da saúde investiga dengue tipo 4 em manausRio de Janeiro - O Ministério da Saúde enviou uma equipe a Manaus para investigar um caso de dengue tipo 4. Os técnicos ...
Preta gil fala sobre tratamento de câncer: ‘ressaca pós-químio’PRETA GIL atualizou os fãs sobre o seu estado de saúde nesta quinta-feira (8). A cantora, de 48 anos, que recentemente f...
O AnimalNo porto de Antuérpia, em finais de Novembro de 1955, um barco atracado carrega no bojo um cenário de pesadelo. Pegue-se...
Médicos explicam por que covid-19 causa perda excessiva de pesoPerdas moderadas e excessivas de peso estão sendo registradas em pacientes que enfrentaram a Covid-19 durante o tratamen...